“Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.”
Mateus 12:25
“Duas pessoas andarão juntas se não estiverem de acordo?”
Amós 3:3
Quando se trata de família o grande problema dos evangélicos é o mito da família perfeita. Na tentativa de aparentar, perdemos para os problemas.
A dificuldade que quero encarar nesse post é o da competição na família.
A família dos patriarcas é o melhor exemplo na Bíblia de como a parceria pode ser sufocada em função da competição.
Vejam o que aconteceu à família de Abraão:
Sara e Hagar competiam dentro de casa e o resultado foi guerra milenar entre irmãos.
Isaque favorecia Esaú porque comia das caças que ele preparava, e Rebeca beneficiava Jacó por tê-lo sempre por perto e o resultado foi uma família partida ao meio.
Jacó e Esaú competiam pela bênção do pai, até que romperam definitivamente.
Jacó preferia os filhos mais novos e a esposa Raquel e o resultado foi ressentimentos que desaguaram na venda de José para os ismaelitas.
Raquel e Lia, competiam pelo amor de Jacó e o resultado foi infelicidade para ambas.
Enfim, ninguém ganha quando a competição é entre família.
Caímos na armadilha da competição em razão dos inúmeros estímulos que recebemos:
A dominação do homem durante anos de história gerou um contra-ataque. As mulheres via de regra acham inconcebível a liderança masculina.
Por outro lado nossa cultura tende a desfazer dos valores masculinos e grande parte da nossa produção de telenovelas, seriados e filmes apresenta o homem enquanto gênero como um ser completamente fraco, mau caráter e caricato.
A maneira como fomos educados, também contribui para o problema. Pense por um momento. Qual foi a visão do sexo oposto que você recebeu dos seus pais? Pensou? Então você vai perceber como ela dorme e amanhece com seus problemas com o seu cônjuge.
Entre muitas mulheres ouvem-se comentários que deixam escapar certo ar de superioridade sobre esse “ser primitivo chamado homem”.
Entre os homens a brincadeira em torno de quem manda dentro de casa é recorrente, a ponto de quem não tem a cabeça no lugar, acaba comprando briga com a companheira dentro de casa em nome de uma luta que simplesmente não tem razão de existir.
Sim, porque a luz da Palavra e dessa história de dor entre os sexos, não deveria mais caber a pergunta repetida em programas de auditório: quem é melhor, homem ou mulher?
Nosso caminho é só um: a parceria.
Mas esse é só o primeiro capítulo dessa conversa.
Um abraço quebra costelas.
O discípulo gaudério.