Em comum aos quatro modelos de macheza da nossa sociedade está a fuga. A ira, o vício, a covardia e o narcisismo são o esconderijo desses homens cheios de potencial.
Cristo é o maior modelo de masculinidade que jamais existiu, e um referencial para os homens que precisam e querem mudar de vida. O problema com os discípulos é que eles foram feitos refém de uma mentira: a mentalidade de que é impossível ser como Cristo. Sem chão construíram suas cópias mal feitas de homens de Deus.
Outros inclusive separam espiritualidade da vida. Pensam que espiritualidade é o que fazem no domingo e nos dias seguintes seguem os ventos conforme eles se apresentam. Mas domingo é treino, o jogo é na vida.
De que maneira então, Cristo nos mostra o caminho como homens?
Em Cristo vemos o homem sensível. Ele não via sofrimento sem fazer alguma coisa para aliviá-lo. Nós fugimos demais do sofrimento. Nos anestesiamos com doses paquidérmicas de entretenimento. E para alívio da consciência, dizemos que cada um tem o que procurou. Dizemos “graças a Deus que não é comigo.” Ser sensível não é estar o tempo todo pranteando, mas se deixar alcançar por atos e palavras. É entender que chorar não é ser fraco. Lágrima é coisa bonita, é discurso sem palavras sobre o que é ser humano inteiro. É como uma ponte improvável a unir abismos de diferenças. É uma represa que não pode ser contida do contrário se volta contra a gente.
Em Cristo vemos o homem firme. Firmeza é a capacidade de não retroceder naquilo que sabemos ser o correto. Precisamos ser firmes contra a tentação, firmes nos compromissos assumidos, firmes quando somos minoria, firmes quando nossas ideias não estão na moda, firmes quando postura custa fracasso na carreira, desaprovação e críticas ferozes. Firmes quando a vontade não ajuda o dever, firmes quando precisamos tomar decisões.
Em Cristo vemos o homem intenso. Cristo viveu seu chamado com entrega total. Viveu a alegria e festejou a vida quando essa era a música que Deus tocava, trabalhou incansavelmente quando a necessidade de pregar era premente, estava com o coração presente em tudo que fazia, e nunca houve nele qualquer dissociação entre coração, mente e espírito. Não se guarde para os minutos finais, pode ser que eles nunca cheguem.
Em Cristo vemos o homem corajoso. Quem não tem medo é louco, quem tem só medo é paralítico. Coragem é viver por algo mais forte que o medo: o amor. Foi o que Ele fez. Cristo foi corajoso ao associar-se a gente de moral duvidosa, foi corajoso de falar a verdade a um público hostil na própria casa deles, e foi corajoso de ir até as últimas consequências de sua mensagem: a cruz.
Em Cristo os homens encontram o chão para uma vida livres de mentiras que nos fazem miseráveis.
E quem não quiser perder tempo que siga suas pegadas.
Um abraço quebra costelas.
O discípulo gaudério.