Qualquer semelhança com uma história real, não é mera coincidência!
Era noitinha quando um grupo de aproximadamente cinco líderes de uma pequena igreja fechavam suas portas frustrados pela ausência do povo em mais uma reunião dominical.
– Vamos fazer uma reunião diferente só entre nós. Somos só cinco pessoas mesmo. Conformou-se o pastor.
– Não adianta, as pessoas não querem nada com nada. Respondeu indignado um homem corpulento e de voz rouca.
– É difícil. Investimos tanto, e colhemos tão pouco. Estou cansada, frustrada. Confessou uma das mulheres presentes.
– Creio que precisamos continuar investindo nas crianças. É o que nos resta. Declarou a pastora.
Uma batida forte na porta interrompe as lamentações do grupo.
– Será alguém atrasado? Pergunta-se o pastor, enquanto se levanta para atender.
Ao aproximar-se da porta de vidro transparente, vê do outro lado um homem de uns setenta anos de idade. Cabelo e barba totalmente brancos. Chapéu na cabeça e sobretudo negro. O semblante é sério, mas não carrancudo.
O pastor abre a porta e diz:
– Pois, não senhor.
O homem levanta uma bolsa que carrega na mão direita e diz:
– Entregue isso para a esposa do pastor.
O pastor chama a esposa que está no fundo do prédio, junto com os demais. Ela se apresenta estendendo a mão:
– Helena. Muito prazer.
– Miguel. Responde monossilabicamente o visitante com voz grave estendendo em sua direção a bolsa que trazia consigo.
– O que é isso?
– Um presente. Responde o velho, sem nenhuma explicação e já voltando suas costas para ir embora.
A pastora sem entender muito o que está acontecendo, ainda tem tempo para perguntar:
– Da parte de quem é o presente?
– Da parte do Senhor! Responde o visitante enquanto desaparece na rua escura.
Sem entender o que estava acontecendo os outros participantes daquela pequena reunião se aproximam para olhar o presente recebido ao mesmo tempo que tentam em vão procurar o homem que já havia desaparecido na escuridão da noite.
– Vamos abrir logo. Diz um deles curioso.
– E se for uma bomba. Diz o outro em um misto de desconfiança e bom humor.
Em seguida abrem o pacote. Ao abrir percebem que há outro pacote dentro. A curiosidade sobe a níveis estratosféricos.
– O que será meu Deus? Grita um dos presentes sem poder se conter.
Quando terminam o último embrulho, e avistam o regalo enviado, há uma pausa perplexa.
– O que é isso? Pergunta o pastor.
– Fantoches. Lindos fantoches. Seis ao todo. Responde a pastora.
Que significado poderia ter aquela visita misteriosa, para a situação difícil que enfrentava aquela igreja?
Como poderiam simples fantoches ser uma resposta a um pedido de socorro daquele grupo?
Seria apenas uma coincidência?
Essas eram as perguntas que enxameavam a cabeça daquela comunidade sofrida mas perseverante.
Talvez, a repetição de um padrão começado lá no Antigo Testamento.
O povo clamava por uma mudança e Deus chamou Moisés.
– O que tens em tuas mãos Moisés? Foi a pergunta de Deus.
– Um cajado.
E com aquele cajado entregue nas mãos de Deus, um povo saiu da escravidão para a terra prometida.
O que tens em tuas mãos?
Você espera há muito tempo por mais dinheiro, mais gente, um talento especial, mas tudo o que Deus quer é que você acredite que esse pouco totalmente entregue nas Suas mãos, pode abrir mares e libertar um povo.
Aconteceu, e ainda acontece. Creia.
Um abraço quebra costelas.