Como todos que envelhecem, vou sedimentando costumes.
Tenho cicatrizes, e manias.
Odeio lavar a cuia do chimarrão pela manhã.
Hoje encontrei a cuia suja.
Minha mente de Adão, foi logo procurar um culpado, ou uma culpada: “a mulher que tu me destes…”. Um desejo de colocar na conta de alguém me possuiu por alguns momentos.
Logo em seguida eu tive a incômoda lembrança, que o principal apreciador dessa bebida mágica sou eu.
Tentei outra vez, encontrar um motivo para culpar alguém, mas não quis mais.
Chega.
Sem culpar ninguém, o que me restou foi resolver o que me incomodava.
Esse é o princípio mais básico da mudança no mundo.
Enquanto culpo os outros, o problema não é meu, e enquanto o problema não é meu, eu não resolvo.
Quando assumo a culpa, o problema é meu, e quando o problema é meu, eu dou um jeito de resolver.
Faça isso, em vez de colocar fardos pesados de seus crimes nas costas daqueles que já tem o bastante para resolver.
Um abraço quebra costelas.
O discípulo gaudério.