“Saul feriu aos seus milhares, mas Davi aos seus dez milhares.”
II Samuel 18:7
Quem é o filho preferido?
Quem ganha mais?
Qual é a mulher mais bonita da festa?
Quem vai pegar o melhor lugar?
Quem é o mais espiritual?
O que fala em línguas, o que profetiza, o que tem mais gente na igreja?
Quem é mais ungido? Quem tem mais conhecimento?
A visão competitiva da vida é uma visão de carência. Que não acredita na generosidade do Pai, e crê que tudo na vida é escasso. “Se alguém recebe algo, está roubando de mim” pensam os viciados em competição.
Permaneço em estado de alerta, músculos retesados e pensamentos acelerados olhando constantemente para o lado, imaginando segundas intenções de quem conversa comigo e as possibilidades que não posso deixar passar.
Olhar a vida desse prisma cobra um preço devastador, uma vez que meu coração se acostuma a estar desconfiado das pessoas. No momento em que me sinto debaixo de grandes problemas, não procuro ajuda, afinal não consigo enxergar neste mundo a possibilidade do olhar solidário, afinal vejo o mundo como eu sou.
Sem perceber, como se fosse o próprio ar que respiro, sinto que a vitória de qualquer pessoa ao meu lado, não pode ser minha, não pode ser desfrutada, pelo contrário precisa ser minimizada, sofrida e esquecida dentro do meu coração. Ai, desse coração!
Cristo traz uma ruptura dessa matriz de pensamento. Ele revela que o Pai alimenta as aves do céu e veste lindamente os lírios do campo. Nos matricula na escola do serviço e nela nos ensina que devemos servir as pessoas em vez de passar a vida imaginando como tomar o que é delas. E garante que isso trará grande alegria para nosso coração. Tranquiliza nossa alma atormentada, revelando que esse mesmo Pai responde orações dos necessitados.
A metamorfose que ele veio trazer nos salva do vício da competição e nos ensina o prazer da cooperação.
Um abraço quebra costelas
O discípulo gaudério.